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Sarau

  Apesar das mudanças de planos que nos impediram de visitar a FLIP que ocorreu em Paraty, algumas semanas antes da viagem, nossos professores tiveram a brilhante ideia de fazer um Sarau de Literatura, no restaurante que estávamos acostumados a ir.

  Esta grande manifestação cultural que envolveu poemas de autores presentes na FLIP, música e muitas risadas.  Não só prendeu a atenção dos alunos, como também de outros clientes lá presentes e dos próprios trabalhadores do local.

  Iniciando-se com o professor Wagner, no microfone, e o professor Eduardo, no violão, o Sarau passou pelas vozes de muitos alunos que com a mistura de diversas emoções conseguiram declamar os poemas de forma plena e contagiante. Até mesmo brincadeiras com outras manifetações culturais da cidade (teatro de bonecos) foram representadas pelos professores Conforto e Fernando que provocaram diversas risadas.

  Concluindo o Sarau, a nossa colega Sofia Rodrigues cantou, com a ajuda melódica do professor Eduardo, uma resposta à musica "Baile de Favela" feita por Marina Nolasco que chamou a atenção de todos com suas palavras sobre o respeito à mulher, e serviu até mesmo como "lição" para alguns acontecimentos que ocorreram no próprio restaurante. 

Poesia de Ana Cristina Cesar, uma das autoras mais trabalhadas durante o Sarau por ter aparecido na FLIP de 2016

Svetlana, uma das autoras presentes no Sarau por ter feito parte da FLIP

Reposta à Baile de Favela- Marina Nolasco

Ela veio quente, e hoje eu tô fervendo
Ela veio quente, hoje eu tô fervendo
Quer desafiar, não to entendendo
Mexeu com o R7 vai voltar

Que o Helipa, é baile de favela
Que a Marcone, é baile de favela
E a São Rafael, é baile de favela
E os menor preparado pra

Eu vou contar pra vocês
Não queria dizer nada
Desafio é ouvir e ficar de boca calada
Como é que vocês podem dizer?
Como é que vocês podem
Nem se quer se arrepender?

Dizer que é baile de favela
Ferrar com a vida dela
Tentar me convencer que quem vem quente ferve elas
Mas esquece que essa vida é pra quem quer
Tirar nossos valores, esquecer os da mulher

Vocês sabem que de um tempo pra cá
As menor só engravidam e o sustento onde tá?
Eu sei lá, mas deixa pra lá
Quem se importa é o menor
E a mãe que vai ter que cuidar

Eu vou contar pra vocês
Não queria ouvir nada
Desse quente, to fervendo
E quem vai ser a usada?

Será eu, ou ela? Ou não! você?
Isso pouco me interessa
O que importa é aprender

​

A referência de respeito pra usar
É baile de favela com muito amor pra dar
Eliza, a Maria a Regina e a Margarete
Todos nós somos humanos
E é o amor que prevalece.

Se quiser dar uma fugida pode pá
Pode ir quente ou fervendo
Mas respeita o seu par
Ivonete, e a Judete, a menina e a Lurdete
João Paulo, São Francisco e a turma da Elizete

Todos nós temos muito amor pra dar
Pode ir quente ou fervendo
Mas respeita o seu par
Porque um dia
A chapa que você ferveu
Pode ser a mãe dos filhos do destino que escolheu

Vocês sabem a situação que vão encontrar?
Então pensa no menor e onde isso vai levar
Vamos pensar! Será que vai ajudar?
Será que essa letra vai mostrar o valor a dar?

Que o Helipa, é baile de favela
Que a Marcone, é baile de favela
Que a São Rafael, é baile de favela
E os menor preparado pra florir a vida delas

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