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Trilha do Ouro

A Trilha

      A Trilha do Ouro é um caminho aberto no coração da Mata Atlântica, com uma vegetação exuberante e característica beneficiada pelo clima suave e fresco, mantido pela copa densa e larga das árvores em competição pelos raios solares, que acaba por gerar sombra nos substratos inferiores da mata e manter a temperatura mais ou menos constante.

      

A Mata Atlântica

      As principais características da Mata Atlântica são: presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa; rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais, estas últimas sendo bastante heterogêneas; as árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade; todas essas características possíveis de serem observadas na foto ao lado, tirada no trajeto da trilha. A importância desse domínio morfoclimático é tamanha que é comemorado em 27 de maio o Dia da Mata Atlântica. Além disso, a Mata Atlântica é a segunda maior floresta brasileira em extensão.

 

      A Mata Atlântica, além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.

(fonte:http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica)

limo e pequenas pteridófitas assentadas sobre pedra do calçado da trilha

raízes expostas, provavelmente por conta da retirada de sedimentos pela ação de chuvas, etc

Palmito-Juçara

      É uma espécie esciófita; mesófita ou higrófita, ou seja, que vive em ambiente úmido. É encontrada em florestas pluviais atlântica, gosta de clima quente e úmido. Na bacia do Paraná ocorre nas formações vegetais higrofitas principalmente em matas ciliares.

      O palmito-juçara tem o nome científico de Euterpe edulis e pertence à família das Palmae. Sua maior incidência ocorre do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul em toda a Mata Atlântica.

      Seu maior interesse está na exploração do palmito. Sua madeira, muito dura e resistente, pode ser utilizada, desde que em ambiente seco. Ele também é usado em paisagismo, mas sua aplicação principal se dá em áreas de plantio monocultural, visando a exploração comercial do palmito.

      A árvore de palmito-juçara mede de 10 a 15 metros de altura com estirpe de 10 a 20cm de diâmetro, regularmente anelado. Floresce nos meses de setembro a dezembro e seus frutos amadurecem de abril a agosto.

sementes do palmito-juçara: para plantio, na tentativa de proteção da espécie ameaçada, os moradores da região as posicionavam em estilingues e as arremessavam no decorrer de todo o trajeto da trilha

      O palmito-juçara, muito conhecido e cobiçado pelo seu interior macio e saboroso, esteve em sério risco pelo seu manejo inadequado, uma vez que para retirada do alimento palmito, o meristema da árvore é retirado e sem ele a árvore deixa de crescer e morre. Assim, a extração acontecia sem haver amparo do replantio depois, e a situação tornou-se praticamente insustentável. Agora, com uma legislação mais protetora e a conscientização das populações moradoras de áreas de ocorrência desta árvore, o equilíbrio vem sendo restaurado, como explicou o senhor que realiza o manejo da trilha: no processo de abertura do caminho, diversas sementes de palmito-juçara foram arremessadas com o objetivo de estimular a germinação dispersa e manter essa espécie protegida.

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